Metodologias Ágeis: as métricas que fazem a diferença

Manter a competitividade num cenário de  transformação digital acelerada exige flexibilidade e agilidade das organizações, exige a implementação de metodologias ágeis. Além disso, as empresas que buscam expandir suas atividades em novas frentes oferecidas pelas oportunidades que surgem cada vez mais rápido precisam ter equipes preparadas para trabalhar com estas novas metodologias.

Executivos, profissionais de marketing, administradores, engenheiros e gerentes de projeto, seja qual for a área,  é preciso conhecer com profundidade os fundamentos das práticas ágeis de gestão, tanto quanto todos os aspectos que envolvem a transformação digital, customer centricity e liderança. 

Este conhecimento não pode estar restrito aos conceitos. Antes, é preciso dominar as técnicas de desenvolvimento do trabalho com a utilização de tecnologias ágeis. Em especial, conhecer e saber aplicar as métricas imprescindíveis ao acompanhamento da evolução do trabalho. 

Antes, porém, de nos aprofundarmos sobre as diversas métricas  suas utilizações, vamos conhecer melhor as principais metodologias ágeis utilizadas atualmente. Acompanhe com a Trevisan para saber tudo!

As metodologias ágeis

O cardápio de metodologias ágeis é grande e sempre existem novidades sendo apresentadas, todas direcionadas ao estímulo de gestão estratégica  de projetos que garantam, ao mesmo tempo, controle e flexibilidade para ajustes e mudanças. Os cursos de MBA em gestão de projetos aprofundam o conhecimento sobre cada uma delas. Mas o que diferencia o bom gestor do gestor imprescindível é o grau avançado de domínio de cada método e a capacidade de se desligar de amarras formais para realizar mudanças no meio do caminho, em busca de ganhos de agilidade e eficiência.   

De fato, as metodologias ágeis baseiam-se em quatro pilares fundamentais que estão além das ferramentas: comunicação, praticidade, alinhamento de expectativas e colaborações, adaptabilidade e flexibilidade.

Vejamos algumas metodologias ágeis muito usadas atualmente.

1. Scrum

Uma das mais utilizadas, esta metodologia divide os projetos em ciclos (sprints) com duração de uma a quatro semanas. As tarefas são organizadas numa lista de pendências (backlog) de acordo com a prioridade do projeto. O método exige uma equipe colaborativa  bem afinada, uma vez qu seus membros é que selecionam as atividades a  serem desenvolvidas para atender às prioridades estabelecidas. O andamento de cada etapa é acompanhado de perto , uma vez que cada sprint só pode ser iniciado após a conclusão do anterior. 

Trata-se de um método muito usado para o gerenciamento de projetos que tenham prazos curtos de entrega.

2. Kanban

O mais antigo (foi criado na Toyota, nos anos 1960), o Kanban  não era inicialmente uma metodologia ágil, mas um método de organização de tarefas que utiliza recursos visuais para acompanhamento do status da operação, dividindo as tarefas por “por fazer”, “fazendo” e “feitas”. O método também limita a quantidade de operações por coluna, garantindo que todas as etapas sejam concluídas na ordem e em prazos necessários à realização de etapas posteriores. Geralmente aplicado em associação com os modelos just in time, é um dos mais simples de ser aplicados e bastante eficiente para a utilização racional de recursos.

3. Feature Driven Development (FDD)

Criada nos anos 1990 pelo estrategista de TI Jeff de Luca, a FDD considera cinco processos básicos para ser aplicada: criação de um modelo amplo; construção de uma lista de funções; planejamento por funcionalidade; detalhamento por funcionalidade; e concepção por funcionalidade.

Várias organizações utilizam o FDD associado ao Scrum, por meio da aplicação do método de funcionalidades em cada sprint, visando à melhoria do planejamento das tarefas em cada fase do projeto.

4. Lean

Oriunda do setor automobilístico, é voltada ao desenvolvimento de projetos que utilizam o mínimo de recursos possível no menor prazo factível. Dessa forma, elimina os excessos na produção e simplifica os detalhes, uma vez que o fluxo de trabalho é mais claro e as entregas mais rápidas demandam soluções igualmente ágeis. 

Muito usados pelas startups, é um método indicado para validação de ideias por meio de três etapas: construir, medir e aprender. 

As métricas nas metodologias ágeis

As metodologias ágeis são amplamente adotadas com o objetivo de prover agilidade organizacional, uma vez que possuem a capacidade de promover flexibilidade, colaboração e entrega contínua de valor.

No entanto, a avaliação do progresso, desempenho e qualidade do trabalho desenvolvido com metodologias ágeis depende da utilização de métricas adaptadas às necessidades e objetivos específicos do projeto e da organização. 

Para escolher e adotar as métricas mais adequadas a cada caso, o gestor de projeto precisa levar em consideração a capacidade de cada uma de oferecer uma visão clara e objetiva do andamento do trabalho; de fornecer a quantidade e qualidade de dados suficientes para embasar as tomadas de decisão; permitir um feedback rápido aos problemas detectados; e que estejam alinhadas aos objetivos do negócio.

Aqui estão algumas das métricas mais comuns:

  • Velocidade (Velocity): Mede a quantidade de trabalho concluído durante um sprint ou iteração. É geralmente expressa em pontos de história, horas ou qualquer outra unidade de medida usada pela equipe.
  • Taxa de Queimadura (Burn Down Rate): Visualiza o trabalho restante em um sprint ou projeto ao longo do tempo. Ajuda a equipe a monitorar se estão no caminho certo para concluir o trabalho planejado.
  • Gráfico de Burnup (Burnup Chart): Similar ao gráfico de burndown, mas mostra o trabalho realizado ao longo do tempo em vez do trabalho restante. Útil para visualizar o progresso e a quantidade de trabalho adicionado ao backlog.
  • Ciclo de Tempo (Cycle Time): Mede o tempo total desde o início até a conclusão de um item de trabalho. É importante para entender a eficiência do processo de desenvolvimento.
  • Tempo de Lead (Lead Time): Mede o tempo desde a solicitação de um item até sua entrega. Ajuda a avaliar o tempo total necessário para atender a uma demanda.
  • Taxa de Defeitos (Defect Rate): Mede a quantidade de defeitos encontrados durante um período específico. Ajuda a avaliar a qualidade do produto e a eficácia das práticas de teste.
  • Taxa de Resolução de Defeitos (Defect Resolution Rate): Mede a rapidez com que os defeitos são resolvidos após serem identificados. É importante para entender a capacidade da equipe de responder e corrigir problemas.
  • Satisfação do Cliente: Utiliza pesquisas de feedback, como o Net Promoter Score (NPS) para avaliar a percepção e satisfação do cliente com o produto ou serviço entregue.
  • Capacidade (Capacity): Mede a quantidade de trabalho que a equipe pode assumir em um sprint ou iteração, geralmente medida em horas ou pontos de história. Auxilia a definição de expectativas e planejamento de trabalho realista.
  • Métrica de Valor de Negócio: Avalia o valor entregue ao cliente ou ao negócio por meio das entregas feitas durante o sprint ou projeto. Pode incluir métricas como retorno sobre investimento (ROI) ou cumprimento de metas de negócios específicas.

Estas métricas oferecem uma visão clara sobre o desempenho da equipe, a eficiência do processo de desenvolvimento e a qualidade do produto. É importante lembrar que a escolha e a aplicação de cada uma deve considerar as necessidades e objetivos específicos do projeto e da organização.

Mas agora que você sabe mais, que tal iniciar uma especialização neste ramo para garantir máxima eficácia na gestão de projetos? Comece hoje mesmo o seu MBA em Gerenciamento de Projetos e Agilidade Organizacional com a Trevisan e se destaque no mercado de trabalho!

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