Webinar discute cenários da indústria esportiva pós-pandemia

“Não perder nenhum minuto quando o jogo recomeçar.” Foi com esse espírito que Márcio Garotti, CFO do CR Flamengo, terminou sua participação no webinar “Como Seguir o Jogo – Perspectivas para a Indústria Esportiva Pós-Pandemia”, injetando ânimo no público ávido por encontrar caminhos neste cenário de tantas incertezas. Ao lado dele estavam também Carlos Aragaki, sócio da BDO, Pitter Rodrigues, head de parcerias esportivas do Facebook, e Rafael Plastina, dono da Sport Track.

Mas para chegar até a hora do reinício do jogo é preciso se manter vivo, e por isso o momento é de foco na preservação do caixa, como enfatizou Carlos. Clubes e entidades esportivas tiveram perdas brutais de receita, e estão sendo obrigados a renegociar contratos e buscar fontes alternativas para se sustentar. Ao mesmo tempo, é neste contexto de turbulência que podem forçar os players do mercado a acelerar sua atuação no digital e lançar mão de estratégias criativas. “Mesmo antes da pandemia nós criamos um produto de assinatura digital para os fãs do Barcelona, com acesso a conteúdos exclusivos. São exemplos de ações que outros clubes podem desenvolver nesse momento”, disse Pitter.

Nesta mesma linha, Rafael enfatizou que os clubes podem aproveitar o momento para entender melhor quem é o seu fã, e assim oferecer soluções adequadas: “as entidades esportivas são elas próprias grandes produtoras de conteúdo, e por isso têm todas as condições de criar mais engajamento com seu público”. Ele ressaltou também que esta crise pode servir para unir mais os clubes no sentido de entender que o seu produto é a competição. “Deve ser gerenciada de forma conjunta pelos clubes, com mais valor e cuidado”, completou.

Em síntese, os debatedores entendem que estas são as principais lições do momento:

  • Momento é de foco na sobrevivência e preservação do caixa
  • O grande valor está no “conteúdo”, independentemente da “forma”
  • Como em todos os setores, cresce ainda mais a força do “digital”
  • Mais do que nunca os clubes devem se unir e valorizar coletivamente o seu produto proprietário que é a competição

Confira aqui o debate completo

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